quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O tempo vai passando

(Não, não somos nós)

E nada de notícias. Ainda não sei quando vai começar a formação C. Tenho que me ir habituando a estes períodos de silêncio, que naturalmente vão aumentar bastante daqui em diante, e ir-me agarrando aos nossos objetivos.
Nos próximos anos (não sei quantos) vai haver muitos silêncios e interrogações.
E uma gravidez estranha, esta gravidez de papel (paper pregnent, como dizem os americanos) - de duração indefinida, sem sintomas, sem sinais, sem movimentos que nos digam se o nosso filho está a caminho e quando chegará. Só silêncio, e uma carta que diz que fomos aprovados como candidatos. Apesar de tudo, é melhor do que a ausência da carta e a indefinição completa, mas a fase de avaliação, com os seus momentos de encontro com as técnicas da segurança social, ia pontuando uma noção de caminho que ia sendo percorrido em relação a uma meta intermédia (a tal da carta).

Por falar em carta, fiquei espantada com a sua simplicidade. Depois de muita espera e antecipação é difícil que a realidade corresponda à expectativa! Era só uma folhinha de papel, normal, branca, de baixa gramagem. Esperava uma coisa com mais cara de diploma. É parvoíce, totalmente irrelevante, eu sei. Mas esperava um pouco mais de pompa e circunstância, a marcar este evento que para nós é tão importante. Mas nada. Não houve festa, nem balões (como no Blogue Ripped Jeans and Bifocals ;) ), e nem sequer uma cartolina colorida com ar de celebração.

E as reações? As mais importantes ainda não existiram. Ainda não falámos com a família. Os amigos dividem-se em dois grupos, com alguma sobreposição. Os que nos deram os parabéns e os que disseram «E então? Já estava à espera que fossem aprovados!». Este último grupo reúne o maior contingente e inclui o maridão, que ficou mais impávido e sereno do que eu com isto tudo.

Não conheço ninguém da minha geração que tenha adotado (conheço adotantes de há muitos anos, quando o processo era diferente), apesar de conhecer várias pessoas atualmente neste processo. Se alguém passar por aqui com essa experiência, partilhe, por favor, como viveu esta fase. Que dicas ajudam?

4 comentários:

  1. Não tenho dicas a dar, porque nunca passei por essa situação, mas imagino que deve ser uma ansiedade. Desejo-te muito ânimo e paciência para os tempos que virão, e acima de tudo que em breve a vossa família seja aumentada. E sei que o(a) menino(a) que vos for destinado terá muita sorte, por ser tão desejado(a). Beijinho

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    1. Obrigada, Joana! Vamos tentando manter o ânimo e a esperança. Beijinho.

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  2. espero que a tua espera não seja muito grande

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