terça-feira, 27 de novembro de 2018

37

37 semanas. Se nascesse hoje, a Rita já não seria prematura.
Estou ainda bastante tranquila - continuo a não sentir que esteja iminente, e embora saiba que também não pode tardar muito (mais de um mês não pode mesmo tardar) ainda não estou muito ansiosa.
Ontem conversava com o marido, quando voltávamos da última sessão da preparação para o parto (sim, a ÚLTIMA) - estamos os dois mais tranquilos do que contávamos. As coisas estão preparadas para receber a Rita. Haverá falhas, sem dúvida, mas não faltará o essencial e se os outros conseguem nós também devemos conseguir. A preparação que recebemos ajuda-nos a olhar para o parto com menos ansiedade (mas atenção, que isso não quer dizer que não tenha medo - que tenho). Estamos prontos - seja o que Deus quiser. Quando ela quiser que venha, desde que venha bem - preferia que demorasse mais uma ou duas semanas, mas se for antes já não faz mal. E se quiser esperar pelas 41, que espere. Nós esperamos por ela.
As 37 já chegaram, a preparação para o parto já terminou, na quinta tenho consulta «de termo» no hospital... está quase.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

36 semanas e o hospital da Póvoa

Já estamos de 36 semanas e continua tudo a correr bem. Tem sido uma gravidez bastante boa - estou pronta para passar por isto outra vez (diz a infértil que demorou 6 anos a conseguir engravidar e que certamente não conseguirá passar por isto outra vez...).

Ora, respondendo à pergunta da My Little Fairytale, porquê o Hospital da Póvoa do Varzim - sim, esse mesmo, o público? Velhinho e com condições físicas... fracotas?

Bom, quando começámos a pensar no parto eu e o marido ficámos num impasse. Eu pensei inicialmente ir para o Hospital Privado de Braga, onde fui sempre bem acompanhada pela minha obstetra. Para o público de Braga, apesar das excelentes condições físicas, disse sempre que não ia MESMO - só numa emergência que não desse hipótese de escolha. Já ouvi demasiadas histórias que não me agradam nada e mais importante que as condições físicas, são os profissionais que se podem apanhar e o atendimento que se pode ter.
O marido não ficava muito confortável com a ideia de ir para o privado - havendo alguma complicação, é sempre mais seguro um hospital público, onde há neonatologia de plantão e todos os equipamentos e condições necessárias.
Além disso, e apesar de gostar muito da minha Obstetra, que foi um apoio fundamental ao longo de todo o processo e me tranquilizou imenso, no que toca a partos, houve alguns sinais de alerta. Quando falei de plano de parto ela não deu espaço para essa discussão. Quando falei de episiotomia ela também não se mostrou muito preocupada. Quando falamos numa evolução natural do trabalho de parto ela mostra não ser muito apologista... em fim, fiquei com a impressão de que no hospital privado teria um parto que seria acompanhado e confortável, mas que não seria aquilo que nós desejamos e defendemos.
E o que é que desejamos e defendemos - e encontrámos na Póvoa do Varzim (devia ser assim em todo o lado, mas infelizmente não é) - basicamente, o que a OMS preconiza:
 - um início do trabalho de parto tanto quanto possível natural, sem «toques maldosos», e induções sem motivo médico;
 - a possibilidade de discutir o plano de parto com a equipa e ver os meus direitos respeitados;
 - não me fazerem intervenções desnecessárias e muito menos intervenções sem o meu consentimento;
 - tempo para todo o processo, sem o apressar sem necessidade;
 - a liberdade de escolher a posição em que quero parir - nada de posição de «tartaruga de pernas para o ar» - as camas nem sequer têm perneiras. Poder usar o movimento ao longo de todo o parto e usar posições verticalizadas (banco de partos, bola, etc.) que facilitam imenso o processo;
 - fazer imediatamente contacto pele com pele com o bebé, dar de mamar na «hora de ouro», ter um acompanhante comigo o tempo todo, clampear tardiamente o cordão umbilical...
Em fim, ser respeitada e ter a minha filha respeitada em todo o processo.

Se pode ser diferente - claro que sim. O meu parto até pode acabar em cesariana e eu não me importo nada se for o melhor para a Rita e para mim. Mas sempre sabendo que as decisões são tomadas no seu tempo, se forem necessárias, e com o meu consentimento informado. Sabendo que serei uma participante e não uma espectadora do processo. Por exemplo, gosto imenso de saber que a taxa de episiotomia do hospital é de 7% - ou seja, só me será feita uma episiotomia se tiver mesmo que ser, nunca por rotina. Isso tranquiliza-me, mesmo que eu até possa vir a ser uma das 7%.

E a equipa - bem as enfermeiras parteiras que nos têm dado o curso de preparação para o parto são fantásticas. E o melhor é que tudo isto são procedimentos estabelecidos no hospital - ou seja, calhe quem calhar a acompanhar o parto, as directrizes são estas para todos. Claro que no hospital de Braga também haverá profissionais excelentes e que respeitariam isto tudo... mas infelizmente sei que seria uma questão de sorte e não de procedimento generalizado.

E agora, vejam lá a página do facebook deles: https://www.facebook.com/ObstetriciaCHPVVC/

Eu nem vou usar essa possibilidade, mas até preparação aquática, e trabalho de parto numa piscina são possibilidades, naquele hospital.

 Vi uma reportagem que falava de pessoas que vêm de propósito para a Póvoa dos Açores, do Algarve... e eu aqui tão perto. Tinha mesmo que aproveitar!

sábado, 3 de novembro de 2018

Diga 33

Já passámos do meio das 33 semanas. Na terça feira já atingimos o marco das 34 - a partir do qual a Rita já pode nascer no Hospital da Póvoa do Varzim, como temos estado a planear.
As coisas continuam tranquilas. Estou bastante limitada de movimentos, mas de resto globalmente bem. Ainda não tive grandes indicadores de que a Rita esteja com pressa para nascer, por isso acredito que ela venha no tempo dela. Estava tudo bem na ecografia do 3º trimestre e a miúda continua com um ótimo tamanho - percentil 54 - nem grande nem pequena!

As roupinhas estão lavadas, passadas e arrumadas. As malas da maternidade estão prontas. Tenho 31 dias de refeições prontas no congelador. Tudo está a ganhar forma lentamente.
Ainda estou à espera de saber se vai ser possível instalarem ar condicionado cá em casa antes de ela nascer. Era muito bom e seria bem mais fácil manter a casa quentinha, mas 1) vai-me criar um caos cá em casa porque não temos pré-instalação e por isso são necessárias obras e 2) o processo tem se atrasado e agora preciso que o S. Pedro nos brinde com uns dias sem chuva a meio de novembro para ser possível avançar. Andamos atrás do ar condicionado desde agosto... Vamos a ver se é mesmo desta, ou não - acreditem que não quero obras com uma bebé recém-nascida!

Ontem entrei em pânico ao constatar que já é novembro e não tinha nenhuma prenda comprada. Benditas compras online! Sentei-me ao computador e comecei a encomendar coisinhas. Mais de metade já estão encomendadas, aproveitando os 50% na La Redoute e o catálogo de Natal da Yves Rocher. Hoje o marido (eu já não tenho estaleca para tanto) vai tentar comprar as prendas para as crianças com os 50% do Continente. Depois ainda ficam a faltar as prendas para a família do marido (costumamos sortear quem dá prenda a quem - o que deve acontecer este fim de semana) e os amigos-família, que já estão mais ou menos escolhidas. Já estou um pouco mais aliviada, por ter dado uma «coça» à lista de compras num instantinho, mas temos mesmo que despachar o processo. Este ano provavelmente vamos passar o Natal sozinhos por isso ainda temos que deixar tudo em casa dos nossos pais e sogros antes do dia D.

Entretanto, segunda-feira é o nosso aniversário de casamento - 8 anos! Estou sem energia para grandes celebrações, só quero estar com o marido e ir jantar ao «nosso» restaurante. Seja como for, já temos a prenda mais especial de todas - não preciso de mais nada.