terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A família


Ainda não tínhamos contado nada sobre este processo de adoção à nossa família. Antes de termos o resultado da avaliação era mais uma incerteza - podíamos estar a contar um projeto que iria ser impedido logo à partida e a criar expectativas para nada.
Depois de chegar o resultado da avaliação, começámos a achar que estava na hora de contar. Aquilo que li sobre adoção era pouco otimista a este respeito. Alertava para o facto de a família alargada muitas vezes não estar preparada para lidar com o tema da adoção e poder não reagir de imediato com entusiasmo. Na verdade, nós também precisámos de anos para nos preparar, e chegar até à decisão de adotar, por isso não é de estranhar que os nossos pais precisem de tempo para se habituar à ideia. E tendo isso em conta, decidimos que não era bom adiar a conversa, para garantir que haveria tempo para essa evolução acontecer.
Este fim de semana contámos aos meus pais. E a reação - apesar de não ter sido de entusiasmo - foi bastante positiva. A minha mãe gostou particularmente da ideia de adotarmos irmãos (é o que queremos). Teve maiores resistências à questão da idade, mas acabou por perceber. Não houve qualquer questão sobre a questão da raça - eu disse que não tinha sido um fator no nosso perfil. As questões que a minha mãe fez foram questões que nós próprios nos fomos colocando ao longo do tempo - sobre o processo, sobre a adoção intenacional, etc.
O meu pai não disse nada... mas já me contento com essa reação.
Resumindo - a primeira etapa (contar aos meus pais) foi um sucesso. 
Agora falta a família do marido.

2 comentários:

  1. Olá!
    Cheguei até aqui através do demaeparamae, e tenho seguido o seu cantinho.
    Espero que, tal como os seus pais, os seus sogros reajam bem! E que a vossa espera seja curtinha e abençoada!
    Eu vou participar da sessão A a 10 de Março...a ver vamos!
    Beijinhos e tudo de bom!

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    Respostas
    1. Olá Cátia. Bem-vinda! Podemos tratar-nos por tu?
      Também espero que os teus sogros reajam bem. O que nós fizemos foi primeiro falar da infertilidade (já há algum tempo). Depois falar da adoção ainda muito por alto, como uma hipótese remota, para ir lançando a ideia. Só depois do resultado da avaliação contámos que íamos adotar. Até ver, correu bem. Ainda falta contar aos meus sogros, mas ou muito me engano, ou eles vão fazer uma festa.
      Se quiseres falar mais privadamente, podes enviar um mail.

      Tudo de bom!

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