Se há uma coisa, acima de todas as outras, de que eu gosto no meu trabalho, é de orientar mestrandos (agora também doutorandos). Dá uma trabalheira do camandro (cada vez mais aprecio os meus orientadores queridos e vitalícios, que tanto me aturaram), mas também dá imensa satisfação.
Sou uma orientadora galinha, daquelas que gostam de andar com os orientandos ao colo, mas também lhes dão umas bicadas se eles se tresmalharem muito. Gosto de andar com os meus meninos (quase todos mais velhos que eu, mas isso não importa nada) atrás nas conferências, e de vê-los apresentar os trabalhos deles e crescer como investigadores.
E gosto mais ainda de os ver chegar ao fim, e defender os trabalhos deles em provas públicas. E ficar bem, como só podiam ficar, porque também não lhes dei hipótese de não saber o que estavam a fazer durante o percurso.
Ontem defenderam as teses (já são mestres) as duas últimas orientandas que foram minhas alunas no meu primeiro ano como professora. Desconfio que aprendi tanto com elas como elas comigo. Daqui a duas semanas, defende a primeira da segunda leva! E com ela, já vão 9 mestres que ajudei a chegarem até esse grau.
Vim de lá orgulhosa, babada, e muito mimada pelas minhas meninas. E numa altura em que ando tão triste e desmotivada, nem elas sabem a importância que isso teve para mim.
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