segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Que bom que foi....



Passar uns dias afastada da rotina, sem portátil (o que é um valente grito do Ipiranga para alguém como eu), na maravilhosa costa alentejana. Soube pela vida e ajudou a retemperar as forças. O sábado foi maravilhoso, um verdadeiro dia de primavera, perfeito para passear a pé. Vila Nova de Milfontes é um encanto, mesmo no inverno. As ruas quase vazias convidam ao descanso e tudo contribui para nos deixar num estado muito zen. Ficámos na Casa do Adro, que recomendamos vivamente. Os pequenos almoços eram de morrer e o atendimento não podia ser mais simpático, com direito a chá e bolinhos caseiros de tarde e lanchinho de despedida.
Almoçámos no Paparoca, que também recomendamos vivamente - muito bom, e muito barato. Jantámos na Tasca do Celso, que era agradável, mas não justificou a nosso ver o preço que pagámos, e tinha uma música nada adequada ao contexto - brasileira romântica dos anos 80 e depois pop romântica dos anos 80... num restaurante tradicional alentejano... nada em linha com o ambiente.

O domingo já foi o regresso, o que nunca é bom. Deixou a nota triste da desertificação do nosso país - passámos por Grândola e contam-se pelos dedos das mãos os cafés e restaurantes abertos (quem é que se lembra de fechar cafés e restaurantes ao domingo?) que encontrámos. As pessoas que vimos na rua - poucas - eram na sua esmagadora maioria idosas. Contam-se também pelos dedos de uma só mão o número de famílias jovens que vimos... A passagem por Porto Covo veio na mesma linha. Entristece ver uma zona tão bonita condenada ao abandono... mas compreendo. Também nós deixámos o Norte, onde fomos tão felizes, para vir para Lisboa, não porque quiséssemos, mas porque está aqui o emprego. Igual verdade devem contar muitos alentejanos, se calhar numa escala ainda maior, mas não deixa de ser triste. Por este andar vamos ser quase todos condenados a esta migração para o centro - o único do país.

Pessoal, se tiverem hipótese de o fazer, vão para fora cá dentro de vez em quando. O nosso pais está a precisar, e sabe mesmo bem!

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