Cá estou eu...

... à espera de resolver umas pontas soltas antes de me por novamente a caminho do Porto. Ainda nem sei onde vou ficar, mas alguma coisa se arranjará de certeza!
Amanhã é dia de reunião de um projeto, mas, acreditem ou não, estou entusiasmada com a perspetiva - haja alguma coisa no trabalho que me entusiame! Pena é que é o tipo de trabalho que dá trabalho e não paga... Mas é onde eu quero e com quem eu quero, por isso, por umas horas, conto estar feliz.
Ainda quero ver se cumpro uma visita prometida há algum tempo, que me iria saber pela vida. E depois, se regresso para o meu querido marido, de quem vou passar mais uma noite afastada - e que ainda ontem chegou a casa com um ramo de flores porque fazíamos meses de casados. Não podia ter vindo em melhor momento. Ando bastante em baixo com isto tudo, e preciso de coisinhas boas - um ramo de flores entra nessa categoria, e o meu marido também - para me manter à superfície.
É o trabalho que não me anda a animar, são as preocupações com o rendimento a diminuir, é a gravidez que nunca mais chega, é estar aqui, nesta terra, longe de tudo e de (quase) todos os que me são queridos e a ausência de vida para além de casa-trabalho (ou no meu caso trabalho em casa, ou casa sem trabalho) que se andam a tornar em demasiados fardos, demasiado pesados, e com pouca coisa boa a compensar. Quem me dera poder ir para casa.
Alguém me arranja uns sapatinhos vermelhos como os da Dorothy? É que estou mesmo muito cansada desta yellow brick road que nunca mais me deixa chegar ao meu Kansas.