terça-feira, 27 de novembro de 2018

37

37 semanas. Se nascesse hoje, a Rita já não seria prematura.
Estou ainda bastante tranquila - continuo a não sentir que esteja iminente, e embora saiba que também não pode tardar muito (mais de um mês não pode mesmo tardar) ainda não estou muito ansiosa.
Ontem conversava com o marido, quando voltávamos da última sessão da preparação para o parto (sim, a ÚLTIMA) - estamos os dois mais tranquilos do que contávamos. As coisas estão preparadas para receber a Rita. Haverá falhas, sem dúvida, mas não faltará o essencial e se os outros conseguem nós também devemos conseguir. A preparação que recebemos ajuda-nos a olhar para o parto com menos ansiedade (mas atenção, que isso não quer dizer que não tenha medo - que tenho). Estamos prontos - seja o que Deus quiser. Quando ela quiser que venha, desde que venha bem - preferia que demorasse mais uma ou duas semanas, mas se for antes já não faz mal. E se quiser esperar pelas 41, que espere. Nós esperamos por ela.
As 37 já chegaram, a preparação para o parto já terminou, na quinta tenho consulta «de termo» no hospital... está quase.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

36 semanas e o hospital da Póvoa

Já estamos de 36 semanas e continua tudo a correr bem. Tem sido uma gravidez bastante boa - estou pronta para passar por isto outra vez (diz a infértil que demorou 6 anos a conseguir engravidar e que certamente não conseguirá passar por isto outra vez...).

Ora, respondendo à pergunta da My Little Fairytale, porquê o Hospital da Póvoa do Varzim - sim, esse mesmo, o público? Velhinho e com condições físicas... fracotas?

Bom, quando começámos a pensar no parto eu e o marido ficámos num impasse. Eu pensei inicialmente ir para o Hospital Privado de Braga, onde fui sempre bem acompanhada pela minha obstetra. Para o público de Braga, apesar das excelentes condições físicas, disse sempre que não ia MESMO - só numa emergência que não desse hipótese de escolha. Já ouvi demasiadas histórias que não me agradam nada e mais importante que as condições físicas, são os profissionais que se podem apanhar e o atendimento que se pode ter.
O marido não ficava muito confortável com a ideia de ir para o privado - havendo alguma complicação, é sempre mais seguro um hospital público, onde há neonatologia de plantão e todos os equipamentos e condições necessárias.
Além disso, e apesar de gostar muito da minha Obstetra, que foi um apoio fundamental ao longo de todo o processo e me tranquilizou imenso, no que toca a partos, houve alguns sinais de alerta. Quando falei de plano de parto ela não deu espaço para essa discussão. Quando falei de episiotomia ela também não se mostrou muito preocupada. Quando falamos numa evolução natural do trabalho de parto ela mostra não ser muito apologista... em fim, fiquei com a impressão de que no hospital privado teria um parto que seria acompanhado e confortável, mas que não seria aquilo que nós desejamos e defendemos.
E o que é que desejamos e defendemos - e encontrámos na Póvoa do Varzim (devia ser assim em todo o lado, mas infelizmente não é) - basicamente, o que a OMS preconiza:
 - um início do trabalho de parto tanto quanto possível natural, sem «toques maldosos», e induções sem motivo médico;
 - a possibilidade de discutir o plano de parto com a equipa e ver os meus direitos respeitados;
 - não me fazerem intervenções desnecessárias e muito menos intervenções sem o meu consentimento;
 - tempo para todo o processo, sem o apressar sem necessidade;
 - a liberdade de escolher a posição em que quero parir - nada de posição de «tartaruga de pernas para o ar» - as camas nem sequer têm perneiras. Poder usar o movimento ao longo de todo o parto e usar posições verticalizadas (banco de partos, bola, etc.) que facilitam imenso o processo;
 - fazer imediatamente contacto pele com pele com o bebé, dar de mamar na «hora de ouro», ter um acompanhante comigo o tempo todo, clampear tardiamente o cordão umbilical...
Em fim, ser respeitada e ter a minha filha respeitada em todo o processo.

Se pode ser diferente - claro que sim. O meu parto até pode acabar em cesariana e eu não me importo nada se for o melhor para a Rita e para mim. Mas sempre sabendo que as decisões são tomadas no seu tempo, se forem necessárias, e com o meu consentimento informado. Sabendo que serei uma participante e não uma espectadora do processo. Por exemplo, gosto imenso de saber que a taxa de episiotomia do hospital é de 7% - ou seja, só me será feita uma episiotomia se tiver mesmo que ser, nunca por rotina. Isso tranquiliza-me, mesmo que eu até possa vir a ser uma das 7%.

E a equipa - bem as enfermeiras parteiras que nos têm dado o curso de preparação para o parto são fantásticas. E o melhor é que tudo isto são procedimentos estabelecidos no hospital - ou seja, calhe quem calhar a acompanhar o parto, as directrizes são estas para todos. Claro que no hospital de Braga também haverá profissionais excelentes e que respeitariam isto tudo... mas infelizmente sei que seria uma questão de sorte e não de procedimento generalizado.

E agora, vejam lá a página do facebook deles: https://www.facebook.com/ObstetriciaCHPVVC/

Eu nem vou usar essa possibilidade, mas até preparação aquática, e trabalho de parto numa piscina são possibilidades, naquele hospital.

 Vi uma reportagem que falava de pessoas que vêm de propósito para a Póvoa dos Açores, do Algarve... e eu aqui tão perto. Tinha mesmo que aproveitar!

sábado, 3 de novembro de 2018

Diga 33

Já passámos do meio das 33 semanas. Na terça feira já atingimos o marco das 34 - a partir do qual a Rita já pode nascer no Hospital da Póvoa do Varzim, como temos estado a planear.
As coisas continuam tranquilas. Estou bastante limitada de movimentos, mas de resto globalmente bem. Ainda não tive grandes indicadores de que a Rita esteja com pressa para nascer, por isso acredito que ela venha no tempo dela. Estava tudo bem na ecografia do 3º trimestre e a miúda continua com um ótimo tamanho - percentil 54 - nem grande nem pequena!

As roupinhas estão lavadas, passadas e arrumadas. As malas da maternidade estão prontas. Tenho 31 dias de refeições prontas no congelador. Tudo está a ganhar forma lentamente.
Ainda estou à espera de saber se vai ser possível instalarem ar condicionado cá em casa antes de ela nascer. Era muito bom e seria bem mais fácil manter a casa quentinha, mas 1) vai-me criar um caos cá em casa porque não temos pré-instalação e por isso são necessárias obras e 2) o processo tem se atrasado e agora preciso que o S. Pedro nos brinde com uns dias sem chuva a meio de novembro para ser possível avançar. Andamos atrás do ar condicionado desde agosto... Vamos a ver se é mesmo desta, ou não - acreditem que não quero obras com uma bebé recém-nascida!

Ontem entrei em pânico ao constatar que já é novembro e não tinha nenhuma prenda comprada. Benditas compras online! Sentei-me ao computador e comecei a encomendar coisinhas. Mais de metade já estão encomendadas, aproveitando os 50% na La Redoute e o catálogo de Natal da Yves Rocher. Hoje o marido (eu já não tenho estaleca para tanto) vai tentar comprar as prendas para as crianças com os 50% do Continente. Depois ainda ficam a faltar as prendas para a família do marido (costumamos sortear quem dá prenda a quem - o que deve acontecer este fim de semana) e os amigos-família, que já estão mais ou menos escolhidas. Já estou um pouco mais aliviada, por ter dado uma «coça» à lista de compras num instantinho, mas temos mesmo que despachar o processo. Este ano provavelmente vamos passar o Natal sozinhos por isso ainda temos que deixar tudo em casa dos nossos pais e sogros antes do dia D.

Entretanto, segunda-feira é o nosso aniversário de casamento - 8 anos! Estou sem energia para grandes celebrações, só quero estar com o marido e ir jantar ao «nosso» restaurante. Seja como for, já temos a prenda mais especial de todas - não preciso de mais nada.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

O tempo vai correndo

Estou de 29 semanas e uns dias - as 30 semanas parecem um marco importante, e de repente já falta pouco. Parece que o tempo se escoa por entre os dedos. Dezembro está aí à porta, e há sempre a possibilidade de a Rita escolher nascer ainda antes. Estou a tentar terminar tudo, e no bom caminho. A nova missão é preparar refeições e congelá-las: quero deixar pelo menos 30 dias de comida pronta, para nos primeiros tempos não termos essa preocupação. Valha-nos a grande arca congeladora que temos! Para já, tenho 5 dias prontos.
Continuo a sentir-me bastante bem, mas ansiosa por ter notícias. Ainda falta um bocado para a ecografia do 3.º trimestre - a última das «grandes». Mal posso esperar.
Estamos a fazer a preparação para o parto e a começar muito lentamente a ganhar consciência de que em breve teremos um bebé em casa - ainda parece muito surreal. Acho que ainda vai ser muito surreal até algum tempo depois de ela nascer!

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Notícias

Como se costuma dizer, a ausência de notícias, são boas notícias. E neste caso, aplica-se o ditado.
Já estou no terceiro trimestre, 27 semanas!
E estamos as duas bem. Já comecei a preparação para o parto, as coisas estão basicamente prontas para receber a Rita e não tem havido grandes sobressaltos.
Tirando as dores na pélvis e ciática, que me deixam mesmo entrevada de todo, tem sido uma gravidez «santa», sem problemas de maior. Tudo por causa do repouso - tenho a certeza de que se estivesse a trabalhar não poderia dizer o mesmo. Sinto mesmo que tem feito muita diferença, tenho descansado muito, feito muitas sestas, e permanecido relativamente tranquila.
A Rita já se mexe muito, e adoro sentir essa presença comigo, ir tendo notícias de que está tudo bem com ela. Até já dei o doppler fetal que tinha comprado a uma amiga que está a precisar dele agora - como a sinto diariamente, já não usava o doppler há semanas.
Como perdi 3 kg no início, ainda só ganhei de facto 2 kg e pouco, depois de os recuperar. Acho que vou conseguir chegar ao fim do tempo com um ganho de peso bastante modesto o que é sempre bom, sobretudo porque estava mais pesadinha antes de engravidar. Não noto diferença nenhuma no corpo, apenas a barriga que já está jeitosa! Nem o peito aumentou muito, até ver. O cabelo e a pele nunca foram melhores na vida. Além das dores, que são de facto limitadoras, só mesmo a obstipação e as suas consequências glamorosas é que têm incomodado.
A tiróide tem andado controlada, nada de diabetes gestacional nem de hipertensão (antes pelo contrário, a tensão está bem baixinha o que às vezes também é chato), nada de contrações (acho eu). Em fim, pacífico. Na verdade, mesmo que tivesse uma gravidez horrível acho que não me conseguiria queixar, depois de tudo o que passei para chegar até aqui. Depois dos 6 anos de espera, exames e tratamentos, é tudo canja. Sinto-me verdadeiramente abençoada, e só quero que continue a correr tudo bem até ao fim e ter (no tempo dela) a minha filha saudável nos braços.

terça-feira, 31 de julho de 2018

20

Vinte semanas.
Metade do caminho andado. Parece impossível.
Há 20 semanas, 4 meses e meio, mais ou menos, estávamos em março, em pleno processo de FIV. Olhar para a minha agenda nessa altura é ver reuniões de trabalho pelo meio de consultas no hospital. A fase das injeções e da monitorização do desenvolvimento dos oócitos. Parece há uma vida inteira, e ao mesmo tempo, parece que foi ontem.
Depois, veio a fase pior. Na semana 2, há 18 semanas. A recolha de ovócitos, a morte da minha tia, as más notícias sobre os embriões, as dores. E a transferência apressada e sem esperança de dois embriões, dos únicos 3 sobreviventes - um B e um C. Lágrimas silenciosas enquanto me sentia um receptáculo de coisa nenhuma, sabendo que provavelmente estes dois embriões também não resistiriam dentro de mim. Não fazia ideia que acabava de ficar grávida, contra todas as hipóteses. Foi no dia 29 de março que comecei a ser duas, e não sabia.
Até ao final de abril permaneci assim, na ignorância. O stress começou já a meio do mês, com as análises que davam resultados inconclusivos e a ansiedade a rebentar a escala. Foi no dia 23 de abril que finalmente vi o saquinho, ainda sem certezas de nada, e que ouvi a palavra «gravidez» pela primeira vez, dirigida a mim. Mas foi no dia 28 de abril, às 6 semanas e 4 dias, que vi pela primeira vez o coração a bater e soube que havia mesmo esperança, que havia vida, que a Rita morava cá dentro. Ainda sem acreditar, ainda sem parecer real, ainda a sentir-me uma fraude... estava grávida.
Dia 2 de maio foi o dia da alta do Hospital de Guimarães e de mais uma ecografia - 7 semanas e 1 dia.
Daí até às 12 - 14 semanas o tempo arrastou-se. Entrei de baixa. Tratei da tiróide. Fomos começando a dizer a alguns familiares - muito a medo. Às 10 semanas o teste genético e as boas notícias: nada de trissomias e uma menina a caminho (a colheita foi dia 24 de maio - o resultado chegou no dia 1 de junho - o nosso primeiro dia da criança)! Às 12 semanas parei a progesterona, deixando assim as últimas evidências de uma gravidez diferente das outras. Dia 12 de junho, finalmente, o marco final desse período de maior descrença e ansiedade - a ecografia do 1.º trimestre a revelar que estava tudo bem.
E das 14 às 20 semanas passaram-se semanas boas e rápidas. As primeiras compras. O início de um tempo de esperança e felicidade. O fim dos enjoos. Começar a preparar tudo para a chegada da Rita. As visitas às creches. Aprender a usar um sling. Lavar roupinhas. Começar, finalmente, a sentir movimentos e a sentir cada vez mais que é real.
E aqui estamos nós. No meio do caminho.
A antecipar novamente uma ecografia, agora a do 2.º trimestre, com alguma (embora menos) ansiedade. A começar a pensar no futuro, no parto, nos primeiros tempos... Parece mentira. Ainda parece mentira. Mas a barriga que começa a crescer, e os movimentos que começam a fazer-se sentir não enganam. Somos duas. Tenho dois corações a bater dentro de mim. Estou mesmo grávida. Depois de tudo, depois de tanto - estamos a meio. E daqui a outras 20 semanas que poderão parecer uma vida ou apenas um sopro, se Deus quiser, finalmente terei a minha bebé nos braços. Rita em nome de Santa Rita de Cássia - padroeira das causas impossíveis.

sábado, 30 de junho de 2018

Cá continuamos :D

Passei por cá só para dizer que estamos bem.
Estou com 15 semanas e 4 dias, e até ao momento tem corrido bem.
O teste genético disse-nos logo que era uma Rita que vinha a caminho, e a ecografia do 1.º trimestre confirmou. Também ambos nos descansaram em relação ao mais importante: nada de trissomias, que com a minha idade é sempre uma preocupação.
A avó anda a tricotar imensos casaquinhos e a desencantar nas arcas de roupa coisas que foram minhas, e até dela. Nós já começámos com as comprinhas, embora ainda nos falte muita coisa, mas também ainda temos muito tempo. Andamos na fase da pesquisa da creche, a visitar creches em série. Ainda me sinto cansada e com pouca energia, mas melhor do que já estive. Tenho passado basicamente bem, tirando as quebras de tensão, que sempre foi baixa, e entre o calor e a gravidez me dificulta um bocado a vida.
Tenho um doppler fetal e ainda hoje ouvimos o coração da Rita. Agora que tenho um intervalo maior entre consultas ajuda a descansar o coração, de vez em quando, ir ouvir. Ainda não sinto movimentos - estou desejosa de os sentir e ter uma informação mais constante sobre como ela está.
A barriga começa a notar-se, embora não esteja muito grande. Ainda não recuperei o peso perdido no 1.º trimestre e os enjoos de vez em quando ainda fazem das suas. Agora deu-me para ficar com a língua branca e o sabor alterado... o meu corpo não anda mesmo a ajudar-me a comer.
Já estou autorizada a dar uns passeiozinhos, e com muita calma, lá vou esticando as pernas de vez em quando.
Em suma, estamos bem. Estou mais tranquila. E embora tudo ainda pareça um sonho, começo pouco a pouco a preparar-me para em dezembro ter mesmo uma criança em casa.
Obrigada a todas pelo apoio.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Esta semana

Esta semana, estamos a chegar às 10 semaninhas (amanhã) - um quarto do caminho.
Vou ter (finalmente) a primeira consulta no Centro de Saúde e espero que não me tratem novamente como no hospital por ser acompanhada no privado...
Vêm cá a casa (a sério!!) fazer-me a colheita de sangue para o teste genético. Os resultados só devem estar prontos no fim da próxima semana, mas teremos logo informações sobre as trissomias e aneuploidias dos cromossomas sexuais e... o sexo.
E no sábado, festejamos o aniversário do marido com a família dele, cá em casa, e vamos dar-lhes a notícia. Está me a custar tornar tudo mais real, ainda por cima sem saber se de facto continua tudo bem (não faço eco desde dia 11), mas tenho tentado pensar que a ausência de notícias é boa notícia, e que o nosso bebé continua a desenvolver-se direitinho.

E, até ver, ando a adorar o alívio que é não estar a trabalhar, embora não goste que toda a gente já saiba porquê.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Só para dizer olá

Este tem sido um caminho de muita espera e antecipação, e continua a sê-lo. Até ver, cá continuamos. Atingi ontem as 9 semanas, o que continua a ser muito pouco, mas é alguma coisa.
Cada dia é uma vitória, e vou lutando para me manter à tona. Evitando o excesso de dúvida/desespero, e o excesso de confiança/alegria. Estou finalmente um pouco mais tranquila.
Entretanto, e desde 2.ª feira, fiquei de baixa médica - se tudo correr bem até dezembro. Estou reclusa em casa e a tentar habituar-me devagarinho. So far, so good.

Um beijinho a todas(os) que me têm acompanhado nesta luta.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Alta!

Hoje foi o dia da tão aguardada consulta do H. Guimarães.
Estava nervosa, apesar de tudo, embora tivesse visto o feijãozinho ainda há poucos dias. Nunca se sabe... Mas estava, para já, tudo bem. E, como esperava, tivemos alta. Agora podemos ser acompanhados fora do hospital, normalmente. É um passo importante. Agora, se tudo correr bem, só devo voltar ao Hospital para entregar os formulários da PMA preenchidos e mostrar o rebento, daqui a muitos meses. Deus queira! Não terei saudades dos tempos passados lá, mesmo que seja grata pelo que lá aconteceu.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

E a adoção?

Faz amanhã dois anos que faleceu o meu cunhado. Foi um dos marcos que nos fez dar o passo que andávamos a decidir tomar, gradualmente, há anos, e dar início ao processo de adoção.
Com esta gravidez a avançar, embora ainda periclitante, tenho pensado muito sobre o projeto de adoção. Ainda nem verbalizei essas ideias com o marido. Acho que para já, estou numa fase de esperar para ver como tudo vai correr.
Se correr tudo bem, teremos que avisar a Segurança Social - aliás, como no caso de qualquer mudança de vida importante - e possivelmente repensar e reformular as nossas opções.
Tenho oscilado entre a ideia de manter tudo tal e qual como está - adoção de irmãos até à idade escolar - ou alterar para apenas uma criança, mais pequena. Pelo menos para já, e para mim, a adoção continua no horizonte. Ainda temos muito caminho pela frente, nisto da gravidez, e se correr tudo bem, na parentalidade. Ainda não consigo tomar uma decisão madura e ponderada, mas estou, desde o momento zero, a traçar cenários.

Só para dar um arzinho da minha graça

Cá vamos andando, um dia de cada vez.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Muito mais calma

Vim da consulta muito mais tranquila. E regresso lá este sábado.
Nada como falar com uma profissional para ficar mais sossegada!
Obrigada, de novo, pelo apoio.
Devagarinho, vamos caminhando.

Dia de consulta

Obrigada pelas mensagens de apoio. Na verdade ainda não me sinto de parabéns. Tenho tanto medo.
Hoje é dia de consulta na minha Ginecologista do privado. Algo pelo qual que me deram nas orelhas quando avisei no hospital que iria fazer (da próxima não aviso). Não consigo perceber. Ok, só tenho consulta no público dia 2. Tenho que respeitar os prazos do público e esperar, claro. Agora, nada me impede de, entretanto, ir procurar o apoio que tarda no público a outro lado. Estou a precisar de ouvir de um médico o que acha disto tudo. Até que ponto posso descansar ou não. Vejam bem que desde a transferência não voltei a falar com um médico nem a ter uma consulta - desde dia 29. Está quase a fazer um mês.
Sei que nunca serão respostas definitivas - essas só depois das 12 semanas ou nem aí - mas alguma resposta, de um profissional qualificado e não da internet, e dos fóruns de grávidas. No hospital só dizem que não se sabe - nem explicações, nem hipóteses, mais nada. Ora, não saber, já eu não sei sozinha, e isso deixa-me passar tudo e mais alguma coisa pela cabeça. O que me atormenta (mais) o coração é a incerteza e o medo. A informação que possa ir tendo entretanto ajuda a controlar um pouco a ansiedade. A ausência de informação é insuportável - por isso não aguentaria passar este tempo todo sem repetir o teste e sem uma opinião médica.
Foram mais de 6 anos de espera por este positivo. 6 anos durante os quais tudo o que podia correr mal, correu mal. Desilusões em cima de desilusões. E agora um positivo (o primeiro da minha vida) que ainda não consegui gozar, porque nem lhe chamaram positivo - chamaram-lhe inconclusivo. Nunca usaram a palavra gravidez. Nesta que estávamos a decidir que seria a última tentativa. A minha última hipótese de ter um filho biológico. Não me levem a mal se quero com todas as minhas forças que esta minha pequena esperança viva, e se a ideia de isso poder não acontecer me dilacera as entranhas.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Continua a subir

2355,1! Não aguentei e repeti a análise.
A esperança aumenta, aumenta. Obrigada meu Deus!

terça-feira, 17 de abril de 2018

Choosing hope

No meio de tudo, e apesar do que isso custa, estou a escolher ter esperança. Estou a escolher acreditar que desta vez vai correr bem. Estou a escolher confiar.

Marquei consulta na minha Ginecologista no privado, dia 23. A espera sempre fica um pouquinho menor do que até dia 2 de maio. Vamos ver o que ela terá a dizer; talvez nessa altura se consiga perceber mais alguma coisa. E até lá vou rezando, muito.
Se esta criança nascer e for menina vai se chamar Rita, em honra de Santa Rita de Cássia - está decidido.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

600

O valor aumentou, mas parece que não tanto quanto devia.
Vou continuar na dúvida e na insegurança e a portar-me o melhor possível.
Ecografia dia 2.

De novo a espera

Estou à beira de um ataque de nervos...
Já fiz a colheita. Agora aguardo a resposta, que desta vez já deve ser conclusiva.
Nada de mestruação até hoje, e o ligeiro spotting parou. Talvez possam ser boas notícias.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Inconclusivo

E agora? O que é que eu faço à minha vida. O valor deu muito baixo - 68. Posso ter tido um aborto. Pode ser uma gravidez bioquímica. Ou pode, quem sabe, ser um sim.
Vou repetir a análise na segunda-feira.

Carga de nervos

Fui fazer o Beta HCG esta manhã.
Estou que não posso.
Nos últimos dias perdi um coágulo e tenho tido um ligeiro spotting o que não me parece muito bom indício. Por outro lado, foi a primeira vez que sequer cheguei ao dia do teste. Todas as outras vezes menstruei antes do dia marcado para o Beta.
E agora roer as unhas até poder saber o resultado.

sábado, 31 de março de 2018

A última vez

Estamos a chegar à conclusão de que esta será mesmo a última tentativa. Se for, é, se não for, não é.
Tem sido um processo muito sofrido. Ainda tenho dores desde terça feira - já estou a ficar assustada, mas disseram-me que esperasse até terça. Os embriões c e d que ficaram no laboratório não se desenvolveram. Estou com pouca esperança que os embriões b e c que foram transferidos tenham tido melhor sorte.
Tem sido emocionalmente, e desta vez também fisicamente, muito duro.
O marido foi o primeiro a dizer que não queria voltar a passar por isto. Depois eu acabei por concordar. Nada me parece fazer sentido. Por mais que custe, parece-me que de uma forma ou de outra, esta porta é para encerrar.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Muito desiludida

Não têm sido dias fáceis.
Acabo de fazer a transferência de 2 embriões - um B e um C.
Em 7 ovócitos tivemos 7 embriões. Destes, um B, 2 C, e o resto D.

Estou sem grandes esperanças.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Ainda de volta das injeções, monitorizações, e afins. Talvez terça ou quarta haja condições para fazer a recolha dos ovócitos.

quinta-feira, 15 de março de 2018

E pronto, é isto.

Em modo almofada de alfinetes.

(Daqui)
E a ansiedade de saber como se estão a comportar os folículos a aumentar.

terça-feira, 13 de março de 2018

Que filme

Nem dá para acreditar como está a ser atrapalhado este processo.
Ontem, dia de retomar as injeções - entre as 18 e as 20 - tínhamos optado por dar a injeção às 20 por ser a hora em que estou sempre com o meu marido e é ele quem me dá as injeções. Às 20:20, estou eu a lavar a loiça do jantar quando me lembro - rápido, anda dar-me a injeção!! Não sei como foi possível esquecermo-nos!
Corremos para o quarto, e com a atrapalhação geral, a seringa já preparada cai ao chão. Ficamos a olhar um para o outro e para a seringa. Se não fosse um medicamento tão caro e difícil de obter deitava fora a seringa e preparava outra. Assim sendo... apanhámo-la do chão, limpámos a agulha com o toalhete de álcool, e pronto, injetado. Não há de ser nada.
Não bastasse esta confusão toda, o marido anda lesionado das costas e ontem foi ao médico que lhe receitou um relaxante muscular. Toma o comprimido com o jantar e só depois de toda esta história da injeção (uma meia hora depois) resolve ler a bula do medicamento. Entre a lista de horrores habitual, consta a possibilidade de causar mutações no esperma. Ficámos pálidos. O marido foi forçar o vómito para a casa de banho, mas ficou na incerteza se o comprimido já teria sido absorvido ou não.
Estou a tentar ligar para o hospital mas ainda não consegui.
Caramba... desta vez parece que está tudo a correr mal.
A minha esperança é que acabe bem, depois de tanta peripécia.

segunda-feira, 12 de março de 2018

É hoje

Hoje foi dia de voltar ao Hospital. E hoje, será dia de arrancar com as injeções de Menopur.
Só volto lá na próxima semana. Já preparei o primeiro frasquinho e logo à noite o maridão retoma o papel de enfermeiro de serviço. Agora é esperar para ver como respondem os ovários e o pobre do endométrio.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Altos e baixos


Fui fazer uma análise mal cheguei ao hospital que iria definir se começaríamos hoje com as injeções, ou não. Depois de stressar bastante para o fazer - agora o hospital arranjou um «capanga» mal encarado que trata mal toda a gente para organizar as filas de realização de análises - estive à beira de me passar com o homem, lá segui para a consulta.
A médica, de poucas falas, não gosta do que vê na ecografia. Diz-me que quase de certeza que vamos adiar. Não vai ser hoje que começamos - tanto que marcou consulta para de hoje a uma semana. Mesmo assim, pediu que ligasse para o serviço depois do meio dia para saber o que indicava o resultado da análise. Comecei logo a pensar que o ciclo ia ser cancelado e a entrar em espiral. Já estava a pensar o que havia de fazer aos medicamentos que tenho no frigorífico, agora que não os iria usar - já que foram tão caros, ao menos que servissem a alguém. Ando a ter pesadelos com isto. Sonho que me esqueci de tomar alguma coisa, ou tomei mal, e por isso vamos ter que cancelar. A ansiedade anda a dar cabo de mim.
Lá esperei ansiosa pela hora h, e liguei. Diz-me a enfermeira que tudo dependeria do facto de menstruar ou não e pediu que avisasse quando menstruasse. Em função disso, poderia ser chamada mais cedo, ou então mantínhamos a consulta da próxima sexta-feira. Desanimada liguei ao marido e continuei com a minha vida a refazer novamente planos com uma semana de atraso (isto anda-me a complicar severamente a vida profissional - não consigo marcar nada porque nunca sei quando terei que ir ao hospital, quando será a punção, etc.). E eis senão quando as dores de barriga que andava a sentir se intensificam e resolvo ir à casa de banho -  meia hora depois do telefonema, acabo por menstruar. Já há muitos anos que não me lembrava de sentir alívio com a chegada da menstruação, que normalmente é tão má notícia!
Com novas informações, volto a ligar para o hospital.
Conclusão: na segunda-feira volto às análises (vamos a ver se é desta que peço o livro de reclamações) e à consulta. Pode ser que comece antes de sexta-feira as injeções.

Wish me luck, e se acreditarem, rezem por nós. Estamos a precisar.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

E pronto

Implante de Zoladex aplicado.


(Olhem só que simpático o tamanho da agulha, em comparação com uma agulha de diâmetro normal).
Parece que a fase de estimulação da ovulação só vai começar daqui a 15 dias. Tenho aqui a barriga a incomodar, mas não foi nada que não se aguentasse. Falta ver o tipo de sintomas que causa.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

É já amanhã

que embarcamos nesta nova viagem. Mais um tratamento a arrancar. Desta vez, vamos fazer um ciclo longo, e por isso amanhã vou ao hospital colocar um implante assustador, que para mim é novidade.
Torçam muito por mim, que vou precisar.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Adoção

Vale a pena ouvir com atenção a entrevista à Doutora Maria Adelina Barbosa-Ducharne, sobre adoção, no programa da manhã do Porto Canal. A entrevista pode ser vista online (entre os minutos 24:38 e 49:51):



Novidades fresquinhas

Então...
No campo da adoção continua tudo parado.
No campo da infertilidade, estou a começar um novo ciclo de tratamento. E finalmente, foi identificado um problema - que até pode não ser A causa da infertilidade, mas certamente explica alguma coisa. Adenomiose. E à conta disso, o protocolo de tratamento vai ser diferente do anterior para tentar preparar o útero o melhor possível para a implantação.
Então, quase 2 anos depois, vamos a mais uma voltinha, mais uma viagem.